sexta-feira, 20 de maio de 2011

Despedida

Tremi.
Sorri.
Disse adeus, mas tremi.
Me senti cair e o coração parar,
Quis andar e o chão correu sob meus pés.
Ferido, atordoado, encostei-me ao muro,
e no escuro, relaxei. 
E sem entender direito o que e havia magoado,
Encontrei-me agachado,
Sentei-me ao chão.
Julguei-me ébrio, mas lembrei não ter bebido.
Ergui a cabeça, solucei.
E vi estrelas no céu, 
milhares, milhões talvez, 
todas me observando, rindo até.
Aí, o sabor de sal me ardeu nos lábios, 
quando então descobri, amava!
E que sentado a calçada,
Sob as zombarias da lua,
e por causa tua,
bem junto a sarjeta,
Chorava...

Essa poesia é linda! Foi escrita pelo meu irmão Nélio J. Prado.


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