E acolá havia uma árvore, que de certo, tinha muito mais idade do que a menina que ali estava. Esta árvore era doce, não doce como o mero açúcar, doce como pitanga madura. Tinha cheiro de vento de fim de tarde e rangia burburinhos de conforto.
A pequenina, entrelaçada entre seus galhos, deslumbrava-se com o aconchego do santuário, perguntando-se “poderia ela, um dia ser tão forte e ao mesmo tempo tão suave como aquela pitangueira? (...)”. Como se pode combinar tal força com tamanha doçura?
Poderia ela sentir-se tão segura, capaz de acolher e acalmar apenas com um simples toque? Seja lá, o que acontecera com aquela menina enquanto ela admirava as outras árvores em cima da sua pitangueira, naquele fim de tarde de quarta-feira, a partir do instante que ela tornou ao chão, estava decidida a ser um pouco mais doce como pitanga e mais firme como aquela árvore.
Andressa Guedes
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