Então ele surgiu,
Dentre névoas e estilhaços.
Ele aparece e sorri,
o mesmo sorriso
daquele tempo.
E me olha,
com os mesmos olhos brilhantes e iluminados.
Parecia um pouco diferente,
mas esses detalhes,
os principais detalhes,
permaneceram iguais.
Sorrio também.
Um sorriso meio sem graça, sem jeito,
como se eu ainda fosse aquela menina.
É que eu sei,
que por certo deve estar me avaliando,
como eu o avaliei.
É normal, eu sei
tantos e tantos anos se passaram,
e eu também mudei.
Mas ainda assim, sinto-me insegura.
Sinto-me boba por assim dizer.
Talvez mais insegura agora
do que aquela menina
de tantos anos atrás.
A menina que ficou no tempo,
Sentia-se tranquila,
feliz e serena em sua presença.
A mulher de hoje,
tão experiente,
forte e madura,
apenas sente-se insegura.
Até que então,
dois pares de olhos
se encontraram,
se reencontraram.
E foi quando entendi bem:
Muito tempo passou
e muita coisa mudou,
porém algo ele conservou,
a cumplicidade de momentos
que foram tão bons,
que ele nunca apagou.
Célia Cristina Prado
Que poema mais lindo Célia...retrato perfeito de uma cumplicidade... foi tocante de ler...
ResponderExcluirBeijinhos amiga...
Valéria