O meu amor primeiro... o meu primeiro amor,
foi anseio, e viveu na incerteza de uma ânsia,
-botão que não se abriu... que não chegou a flor,
-um pedaço de céu, quase limpo e sem cor
perdido nos senfins azuis da minha infância...
Silhueta a se apagar, mas que o meu Ser divisa,
uma emoção feliz que nem foi emoção...
-nuvem leve a fugir aos impulsos da brisa,
tênue... vaga... sutil... bem distinta e imprecisa,
passando na memória do meu coração...
O meu primeiro amor, - um vulto que esqueci
num canto da lembrança a dormir empoeirado,
-um rosto que apagou porque nunca mais vi,
-um quadro que se esvai, e que deixei ali
esquecido no sótão velho de um passado...
Alma de uma ilusão pequenina e simplória
que se dissolve em mim... e aos poucos se desfaz...
parece outro destino, outra vida, outra história,
quando o tento arrancar das sombras da memória
tão longe... que ao lembrar-me... eu nem me lembro mais...
O meu primeiro amor... A primeira esperança
que abriu asas de sonho a procurar o além,
-hoje, é apenas lembrança a brincar na lembrança
levado na tristeza do que não se alcança,
na saudade de tudo o que nunca mais vem!
Pétala que entre um livro amarelou, perdida,
há muito tempo, há muito tempo... por alguém que o leu,
-e hoje, ao encontrá-la, seca e fenecida
no romance sem fim da minha própria vida
nem sei se quem a pos entre as folhas fui eu...
O meu primeiro amor... O meu amor primeiro,
foi uma história azul dessas de; era uma vez;...
-uma história feliz... um conto verdadeiro
que um dia o meu Destino, um velho feiticeiro,
quis fazer mas não soube terminar talvez...
Minha glória primeira... e o meu maior desejo
de crescer, de subir, de explicar o Universo!
Passou... Foge de mim... mas ainda o sinto e o vejo,
-porque ele é a sensação do meu primeiro beijo
e a impressão imortal do meu primeiro verso!
foi anseio, e viveu na incerteza de uma ânsia,
-botão que não se abriu... que não chegou a flor,
-um pedaço de céu, quase limpo e sem cor
perdido nos senfins azuis da minha infância...
Silhueta a se apagar, mas que o meu Ser divisa,
uma emoção feliz que nem foi emoção...
-nuvem leve a fugir aos impulsos da brisa,
tênue... vaga... sutil... bem distinta e imprecisa,
passando na memória do meu coração...
O meu primeiro amor, - um vulto que esqueci
num canto da lembrança a dormir empoeirado,
-um rosto que apagou porque nunca mais vi,
-um quadro que se esvai, e que deixei ali
esquecido no sótão velho de um passado...
Alma de uma ilusão pequenina e simplória
que se dissolve em mim... e aos poucos se desfaz...
parece outro destino, outra vida, outra história,
quando o tento arrancar das sombras da memória
tão longe... que ao lembrar-me... eu nem me lembro mais...
O meu primeiro amor... A primeira esperança
que abriu asas de sonho a procurar o além,
-hoje, é apenas lembrança a brincar na lembrança
levado na tristeza do que não se alcança,
na saudade de tudo o que nunca mais vem!
Pétala que entre um livro amarelou, perdida,
há muito tempo, há muito tempo... por alguém que o leu,
-e hoje, ao encontrá-la, seca e fenecida
no romance sem fim da minha própria vida
nem sei se quem a pos entre as folhas fui eu...
O meu primeiro amor... O meu amor primeiro,
foi uma história azul dessas de; era uma vez;...
-uma história feliz... um conto verdadeiro
que um dia o meu Destino, um velho feiticeiro,
quis fazer mas não soube terminar talvez...
Minha glória primeira... e o meu maior desejo
de crescer, de subir, de explicar o Universo!
Passou... Foge de mim... mas ainda o sinto e o vejo,
-porque ele é a sensação do meu primeiro beijo
e a impressão imortal do meu primeiro verso!
J.G. de Araújo Jorge
Encontrei essa poesia no meu antigo caderno de poesias, aqueles de quando somos meninas e gostamos de fazer, rs. Sempre gostei das poesias do J.G., lembro que havia emprestado um livro dele da biblioteca e copiado essa poesia e algumas outras que me encantaram. Bons tempos! Momento nostalgia, rs.
Célia
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